SyOS recebe Abralog e profissionais de logística em evento sobre Inteligência Artificial na cadeia do frio

No dia 25 de maio, a SyOS abriu as portas do Cubo, na Vila Olímpia, para receber a Associação Brasileira de Logística (Abralog) e outros profissionais do setor em uma palestra sobre o uso de Inteligência Artificial na gestão da cadeia do frio. O evento contou com a participação de Caroline Dallacorte, diretora da SyOS, Ozoni Argenton Júnior, consultor em logística empresarial e membro da Abralog, e também de Elcio Grassia, CEO da Nazar Systems. 

Caroline Dallacorte, Ozoni Argenton Júnior e Elcio Grassia em evento da SyOS

 

A palestra ficou por conta de Paulo Lerner, CEO da SyOS, que iniciou sua fala contextualizando historicamente o uso das Inteligências Artificiais ao longo do tempo em diversos ramos. Ele contou como as chamadas narrow AI são tecnologias focadas na execução de apenas uma tarefa de forma ultra especializada – e já ganhavam jogos de xadrez nos 90 anos contra grandes enxadristas humanos. 

Paulo explicou que o grande interesse que há nas IA hoje – como o chatGPT para a criar textos e o Dall-e para criar imagens, ambos pertencentes à OpenAI – se deve mais a uma mudança de interface, já que elas são pensadas para serem usadas diretamente por públicos mais amplos, o que aumenta exponencialmente suas possibilidades de uso profissional e pessoal. 

“O narrow AI é uma inteligência artificial que é especialista em uma coisa. Ele consegue aprender sobre aquele assunto, mas ele não é que nem a gente ainda, que é capaz de tocar um piano, de escrever uma poesia, de fazer um cálculo matemático, ou fazer um trabalho e dirigir um carro”, ponderou Paulo ao explicar que as IA substituem bem trabalhos segmentados, mas ainda não atuam de forma generalista em tarefas distintas. 

Paulo Lerner, CEO da SyOS

 

Sobre os benefícios que as IA já mostram quando são usadas em conjunto com o trabalho humano, inclusive em empresas e indústrias, Paulo destacou o aprendizado mais rápido e adaptado para cada indivíduo, a criação de produtos e conteúdos direcionados, o auxílio na prevenção de acidentes e até mesmo a produção de medicamentos personalizados para cada paciente. 

O futuro da Inteligência Artificial e como ela vai afetar o setor logístico 

Para o futuro do setor logístico, Paulo explicou que o uso de Inteligência Artificial pode substituir muitos trabalhos. Ele reforçou, entretanto, que isso abre portas para profissionais melhores, que farão o uso de IA para aperfeiçoarem suas atividades e entregarem resultados melhores. Já para as empresas, Paulo afirmou que essa é a oportunidade de sair na frente e cada vez mais tomar decisões baseadas em dados que permitam integrar de ponta a ponta a cadeia de distribuição. 

Sobre essa integração, segundo o CEO da SyOS, a reorganização que o uso de algoritmos deve provocar entre os setores de vendas e marketing, suprimentos, planejamento, logística e produção reforça que a previsão de uma demanda poderá ser antecipada de forma mais acurada e guiada por dados, permitindo produzir exatamente o que o mercado demanda. “O tempo que a mercadoria é fabricada, que é transportada, que ela fica no armazém, que fica na ponta – tudo isso vai estar sendo regulado por um algoritmo que vai garantir que o marketing e as vendas estão andando juntos”, comentou. 

O impacto da Inteligência Artificial na cadeia do frio 

Paulo enfatizou que os impactos na cadeia do frio serão profundos. A produção deve se tornar cada vez mais segmentada, com produtos feitos sob medida a partir de dados de perfis muito distintos de consumidores. A própria estimativa de prazos de validade deve sofrer mudanças significativas nessa realidade em que o monitoramento da qualidade de produtos ocorre em tempo real. 

O efeito imediato disso, previu, será um aumento significativo no número já expressivo de SKUs. “Os produtos estão sendo feitos sob medida, em pequenos lotes, porque tem todo esse movimento das pessoas quererem produtos cada vez mais orgânicos, cada vez mais frescos, cada vez com menos conservantes. Isso tudo vai colocar um desafio grande na cadeia do frio. Os controles vão ser muito mais rígidos, seja dos clientes que estão contratando o operador logístico, das fabricantes, seja do cliente final que quer a garantia de que aquele produto está na condição correta de consumo”, disse. 

Essa reorganização da cadeia do frio deve tornar onipresente o uso de tecnologias que monitoram e rastreiam os produtos, entre elas os dispositivos de IoT que captam dados em tempo real e o uso de IA para lidar com a grande quantidade de dados produzidos. Em relação aos custos, Paulo analisou que os investimentos em tecnologia devem passar a ser o primeiro custo das empresas. “Vai ficar impossível para uma empresa que funciona no papel competir com uma empresa que tem acesso à tecnologia de Inteligência Artificial”, complementou Paulo. 

Confira abaixo a cobertura em vídeo do evento da SyOS: 

 

Assine e receba conteúdos gratuitos e relevantes sobre a cadeia do frio

Artigos relacionados

×